Imagem :arte sobre símbolo da PAZ
Hoje, 03/04/2008,encontrei o belo e forte depoimento do Poeta Juan Fiorini, nos e-mails "SPAM", em um de meus endereços.
Gostei desse calor e veemência:que ninguém possa calar a voiz dos poetas pela PAZ!
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, 31 de Março de 2008
Aos caríssimos poetamigos do poesia e paz:
Ontem, realizamos a nossa "chuva de poesia", na feira de artesanato da Avenida Afonso Pena. Um evento que demonstrou fortemente que, ainda que existem leis para isso ou aquilo, nós simplesmente contagiamos de poesia a todos os passantes e aos comerciantes na circunstância em questão. Uma prova de que leis também servem para serem transgredidas. Clevane citou os inconfidentes como poetas. E eles também eram foras-da-lei, aos olhos do governo da época. Não me vi (e creio que muitos não se viram também) como transgressores, sujadores da cidade ou algo assim. Ontem fomos (e somos) poetas. Não distribuímos propaganda de cartomante, restaurantes ou coisas do tipo. Distribuímos POESIA. E cito poesia em fontes garrafais para esclarecer que a poesia, quando distribuída, compartilhada, jamais é crime. A prova disso foi um número grande de transeuntes que quiseram, por várias vezes, vários exemplares diferentes das obras. Alguns que já tinham recebido um poema, nos procuraram e pediram outros diferentes. Muitos perguntaram se nós lançaríamos livros, e tantos outros perguntaram se nós éramos os escritores das tais obras ofertadas. Uma prova de que a poesia não fez mal a ninguém (e nem fará!). Outro fato relevante é o de que até os fiscais receberam poemas. E gostaram. A eles, minha gratidão.
Resumo então que, vinculado ou não a qualquer associação, nós, poetas del mundo, temos não somente o direito, mas também o dom de compartilhar a nossa arte com o público em geral. E com satisfação enorme. E em qualquer lugar.
Agradeço a todos que estiveram ontem na distribuição dos livros e dos poemas. Foram momentos em que não somente a poesia foi compartilhada pelas camisas uns dos outros, mas também foram compartilhadas muitas experiências altamente relevantes. E esperaremos as oportunidades de intervenção poético-urbana que virão, da qual participarei com muito gosto.
"Todos juntos somos fortes, não há nada pra temer" (Chico Buarque in Os Saltimbancos)
Com afeto e apreço,
Juan Fiorini.
(...)
Em 29/03/08, poesia paz
Poetas;Sim , por favor, os demais opinem.
Cada qual tome a melhor decisão, segundo seu desejo ou consciência.Sua decisão será respeitada.
Clevane
---------- Forwarded message ----------
From: Bilá
Date: 29/03/2008 14:32
Subject: Resposta a Clevane e Sílvia
To: poesiaepaz@gmail.com
Olá Clevane e amigos poetas!
Já manifestei minha opinião de que as leis são feitas para se cumprir, mas, também, para transgredir. Se não houvessem transgressores, leis seriam eternas e sabemos que ,na verdade, poucas o são. Elas são contextuais.
O nosso contexto é de paz. Não há motivo algum para sermos reprimidos.
Sílvia, sugiro que nos ajude procurando nas leis as brechas para que possamos realizar o evento planejado sem receios; sabemos que toda lei é redigida deixando margens a essas brechas, às quais poucos têm acesso.
Clevane, Cláudio, Marco, Ângela e demais amigos do Paz e Poesia, o que acham de comunicarmos por email, à imprensa e amigos aos quais já comunicamos o evento, de que nos esbarramos em leis que dificultam nossa manifestação pela paz como foi planejada?
De qualquer forma, estarei lá às 10horas em ponto ou, talvez, até antes, vestida de branco e pronta a receber os poemas e autógrafos dos poetas. Espero encontrar vocês.
Abraços,
Bilá
Em 29/03/08, clevane pessoa de araújo lopes
Prezados amigos:
Eu, Clevane Pessoa de Araújo Lopes,confirmo que estarei na Feira de Artesanato, domingo às dez horas, conforme nossos propósitos desde o início, para distribuir livros de poesia aos artesãos e a quem solicitar, ,em nome da PAZ e da POESIA, usando uma camiseta branca onde os colegas, se lá estiverem, conforme espero, escreverão seus preciosos versos.
Os poemas poderão ser distribuímos conforme combinação do senso comum.Virão Poetas de outras cidades e temos um compromisso com todos que, generosamente, doaram seus poemas.
Sugiro, para que entre em decisão pessoal de cada um , (pelo senso comum -desculpem a rima), essa sugestão:
que subamos a Rua da Bahia depois de tirar fotos no obelisco com o poema de Rômulo Paes ("minha vida é subir a rua da bahia e descer a floresta"), em silêncio, apenas conversando e parando de quando em vez para que cada um diga seu poema, enquanto as canetas serão usadas para escrevermos versos nas camisetas.
Na Praça da Liberdade, unamo-nos aos que lá esperam e então, falemos nossos poemas.
Lembro aqui a interessante analogia criada pelo poetamigo Ricardo Evangelista;
"POETAS QUAE SERA TAMEN , lembrar ainda que muitos inconfidentes do episódio histórico"Inconfidência Mineira" eram POETAS e mais:essa é uma manifestação pacífica para agregar poetas.
(...)
Aguardo suas impressões.
Abrs:
Clevane
"Poetas pela PAZ e pela POESIA"
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