segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O Hino da Paz-Clevane Pessoa de Araújo Lopes -Joaquim Evónio





Imagens:

Estrelícias;
Desenho dp artista H.Mourato:perfil de Joaquim Evónio.
A palavra PAz em web-arte de Suely Damasceno


O HINO DA PAZ

Há uma dulcíssima e inaudível música
que flui de todos os anahatas, escorre de todos os olhares,
perpassa por todos os poros, aquece todas as mãos,
alimenta todas as vozes daqueles
que são semadores de PAZ.

Mas somente a ouvirão,
serão tocados, acariciados, curados,sensibilizados,
aquecidos, escolhidos,
somente passarão por crivo fino
aqueles que a desejarem, Bem maior da humanidade,
luz votiva que não se deve apagar,
os Homens e Mulhers de Boa Vontade
citados pelo Bom Pastor
-capazes de Amor incondicional
e humanistas acima do mal-
os que realmente podem entoar
um Hino
que foi composto antes que a História fosse escrita
pelas criancinhas, pelas mães ,pelos Poetas...

E,sobretudo, é necessário,
calar para escutar
e acima de todos os limites e de todas as coisas,
simpesmente A*M*A*R...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Poeta Honoris causa pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa,
Belo Horizonte, Brasil


Poema escrito para atender ao pedido do poeta português e artista plástico,Joaquim Evónio, que mantém um belo site de divulgação cultural, o Varanda das estrelícias, onde tenho uma homepage generosamente doada por ele, que ali reúne textos que lhe envio de quando em vez.

Ele, que também é embaixador Universal da Paz, solicita que os poetas mandem versos no tema da paz.

O dele, que puxa o carro do Sol, é forte e sintomático de um tempo onde acontece o que não deveria acontecer:


Quem avança no Hino à Paz?

Atenção Artistas Plásticos:
Por que não adicionar as vossas artes para estimular a colaboração de todos?

(a inserir a 31 Ago em www.joaquimevonio.com/poesia.com )







"Guerras de Maria" - Mestre Miguel Barbosa


Barro por Maria Etelvina

AS "GUERRAS" DE MARIA

Arma em riste. Pólvora. Fumo.
Soldado. Granada. Canhão.
Víboras de fogo. Matraqueada.
Bomba. Morteiro. Explosão.
Pés rotos,
cabeça rasgada,
mão sem mão que aponta para nada...
Homem sem Homem,
lobo de si!...
Carne quente, ossos rubros,
ferro torcido e só...
Ar-noite, selva, lamaçal,
terra, húmus sanguinal...
Silêncio, uivo, grasnido,
mistério, dor, solidão!
Noite, hienas, banquete,
restos, abutres, putrefacção

E tu,
que já nada eras,
pior que as outras feras
ao trair o teu irmão...
Agora és pó.
Lama.
Chão!

joaquim evónio
(Caxias, Reduto Norte, Março de 1975)


Muitos bardos já respondem ao apelo de Evónio(Joaquim Evonio )

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