segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Passagem de um Embaixador da Paz:Luiz Lyrio nos deixa no Dia dos Pais-2010
Em ESTALO, O TABLOIDE, que recebi pelo Correio-e foi o último exemplar que Luiz Lyrio editou antes de partir, o sexto, ele, à guisa de editorial, escreveu uma "mini-crônica para um mundo em chamas", chamada "A LIBERTAÇÃO E A PAZ"(pg 02)
Nela, num parágrado escreveu:
(...")LIVRES DA OBRIGAÇÃO DE TOMAR PARTIDO AO LADO DE UM SUPOSTO BEM EM LUTA CONTRA UM SUPOSTO MAL, TORNAMO-NOS APTOS A VIVER,A JULGAR, A PERDOAR, A CELEBRAR E A FAZER PREVALECER A PAZ NA TERRA PARA TODOS OS HOMENS."Luiz Lyrio
Vai-se um dos enmbaixadores da paz do cercle de Les Ambassadeurs Univ. de La paix-coerente até ao final na luta contra a violência e a desarmonia social.
Clevane Pessoa
Biografia de Luiz Lyrio
"Natural de Belo Horizonte, Luiz Paulo L. Araújo, viveu a sua infância na década de 50, tendo começado a se interessar por política já nos chamados “anos dourados”. Dessa época, guarda ainda as lembranças de alguns fatos históricos (suicídio de Getúlio, governo de Juscelino, Revolução Cubana) e de discussões políticas dos adultos, que ouvia com interesse todo especial.
Na escola, recebeu formação e informações importantes de alguns de seus professores mais politizados. Fez o antigo ginásio durante a primeira metade da década de 60, tendo recordações bem vivas dos grandes debates sobre as reformas de base e do golpe de 64.
Iniciou efetivamente sua militância política no 2º grau, quando estudava no Colégio Estadual Central no Santo Antônio. Nessa época (66, 67 e 68), foi membro destacado do movimento secundarista e chegou a ter seu nome cogitado para participar de uma das chapas que disputaria a diretoria da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). No final de 68, afastou-se do movimento, desiludido com a fragmentação das esquerdas naquele momento decisivo para o movimento estudantil.
Em 1970, passou no vestibular do Premen e, em 1971, fez o curso de curta duração de História, disciplina que escolheu por favorecer um trabalho mais efetivo de conscientização política dos estudantes. Em abril de 1972, começou sua carreira de professor, lecionando inicialmente na Escola Polivalente do Barreiro. Iniciou, então, nos duros anos de repressão e censura que se sucederam, um discreto trabalho político-pedagógico.
Em 1973, transferiu-se para a Escola Polivalente de Barbacena e lecionou em vários outros estabelecimentos de ensino naquela cidade e em cidades próximas. Em 1977, criou e dirigiu o Politeatro, grupo de teatro da Escola Polivalente de Santos Dumont. Em 1979, teve participação destacada na greve dos professores que deu origem à criação do Sind-UTE, coordenou o movimento em Barbacena e Santos Dumont e percorreu cidades próximas, ajudando a consolidar a greve.
Freqüentou a faculdade (FAFICH-UFMG) numa época de refluxo do movimento estudantil e concluiu o curso de licenciatura plena de História. Em 1983, participou de todas as fases do Primeiro Congresso Mineiro de Educação. Neste grande evento, defendeu os direitos dos educadores e lutou pela democratização das escolas e por eleições diretas para diretor de estabelecimento de ensino público. Nos anos 80, redescobriu os grêmios estudantis e realizou um trabalho de incentivo e assessoria às lideranças que se destacavam nas escolas em que lecionava. A partir desse trabalho, tomou consciência da necessidade de um material sintético, porém mais completo e mais didático do que os disponíveis até a época, e que auxiliasse aqueles que quisessem organizar e manter funcionando grêmios estudantis em suas escolas. Iniciou, então, um trabalho de pesquisa que culminou com a edição do livro “Grêmio Livre: Um Exercício de Cidadania”.
Em 1995 e 1996, apoiado pelo Departamento de Educação da Administração Regional Oeste da PBH, começou a divulgar de seu trabalho, com a promoção de debates em várias escolas, participação em um encontro de estudantes da Regional e a divulgação seu livro no Congresso do SIND-UTE, realizado em Varginha.
Em 1998, com o apoio das varias entidades, inclusive da UMES-BH e do SINPRO-MG, lançou a segunda edição de seu livro. Em 1999, produziu e lançou uma fita de vídeo sobre os grêmios.
A partir daí, intensificou sua ação em prol do crescimento do movimento secundarista por meio de palestras, mini-cursos e seminários, e ministrou , em novembro de 1999, o relato de experiência “O Grêmio Estudantil: Um Exercício de Cidadania”, no Centro de Referência do Professor da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais.
Entre 2000 e 2010, várias de suas crônicas foram publicadas no Jornal O TEMPO. Entre 2002 e 2008, colaborou com o Jornal O ESPIGÂO, do bairro Caiçara em Belo Horizonte.
Em 2002, lançou, em parceria com escritores mineiros e de outros estados, ESTALO, o tablóide, jornal que deu origem a ESTALO, a revista, publicação literária destinada a divulgar o trabalho de autores independentes, que circulou até 2006. Ainda em 2002, participou do X Encontro de Diretores Pedagógicos e Especialistas em Educação dos Colégios Tiradentes, proferindo palestra sobre o tema “GRÊMIO ESTUDANTIL”. Durante o ano de 2003, desenvolveu, na Escola Municipal Agenor Alves de Carvalho, o PROJETO BANDEIRA BRANCA, que culminou com uma semana de debates sobre a violência em geral e a violência nas escolas. O evento contou com o apoio do CAPE, da SMED e da Regional Nordeste da PBH. Em 2004, publicou os livros NOS IDOS DE 68 e MARCAS DE BATOM. Em 2005, foi agraciado com o Prêmio Destaque no V Concurso Rubem Braga de Crônicas, com a crônica ALICE NO PAÍS DAS ARMADILHAS. No ano seguinte, ficou em 6º lugar no Concurso Fliporto de Contos (Porto de Galinhas – PE) com o conto “Para Que Caminhar?”, editado nos Anais do Festival de Literatura de Porto de Galinhas de 2006. Em 2007, publicou o livro ABDUÇÃO, teve seu conto CORPO FECHADO selecionado no VI Prêmio Literário Livraria Asabeça (São Paulo – SP) para publicação em antologia e ganhou MENÇÃO HONROSA no II CONCURSO CLAUDIONOR RIBEIRO DE CONTOS (Cachoeiro do Itapemirim – ES). Ainda em 2007, ganhou Menção Honrosa no 5º CONCURSO LITERÁRIO GUEMANISSE DE CONTOS E POESIAS, teve seu conto PASSAGEM DE ANO publicado em 2008 no livro ELOS E ANELOS da Editora Guemanisse (Teresópolis – RJ), e recebeu menção honrosa no XII Concurso de Poesias, Contos e Crônicas, promovido pela ALPAS XXI (Cruz Alta – RS). Em 2008, a Mazza Edições publicou uma segunda edição de seu livro NOS IDOS DE 68. Em 2009, publicou, pela “LivroPronto Editora”, seu livro de contos ENTRE A MORTE E A VIDA e ganhou prêmio destaque no VI Concurso Rubem Braga de Crônicas. Em 2010, foi jurado do Concurso Literário 2os Jogos Florais do Século XXI. Neste mesmo ano, foi agraciado com Menção Honrosa no VI Concurso Newton Braga de Poemas, promovido pela Academia Cachoeirense de Letras.
Aposentado como professor em 2008, Luiz Lyrio é representante do Movimento Abrace em Aracaju-SE, cidade na qual reside atualmente, Embaixador da Paz pelo Cercle Universel des Ambassadeurs de La Paix - Suisse/France, Membro Correspondente da Academia Cachoeirense de Letras (Cachoeiro do Itapemirim – ES) e Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni (ALTO).
Obras onde você encontra textos de Luiz Lyrio:
Grêmio Livre: Um Exercício de Cidadania – Luiz Paulo Araújo – Belo Horizonte, 1995.
Grêmio Livre: Um Exercício de Cidadania, 2ª Edição – Luiz Paulo Araújo – Belo Horizonte, 1998.
Nos Idos de 68 / Luiz Lyrio. – Belo Horizonte: Anome Livros, 2004.
Marcas de Batom/ Luiz Lyrio. Belo Horizonte: Edição: Estalo, a revista, 2004.
Estalo, a revista - Belo Horizonte - n° 1 a 5 - 2004-2005
Estalo, o tabloide - Belo Horizonte - n° 1 a 6 - 2oo1 - 2010
Revista da Academia Cachoeirense de Letras – Cachoeiro do Itapemirim, ES, 2005.
Revista da Academia Cachoeirense de Letras – Cachoeiro do Itapemirim, ES, 2006.
Anais da Fliporto 2006 – Recife, PE, 2006.
Revista da Academia Cachoeirense de Letras – Cachoeiro do Itapemirim, ES, 2007.
Abdução / Luiz Lyrio – R & S Gráfica e Editora – Belo Horizonte, MG, 2007.
VI Prêmio Literário Asabeça 2007: antologia: poesias, contos e crônicas. – São Paulo: Scortecci, 2008.
Revista da Academia Cachoeirense de Letras – Cachoeiro do Itapemirim, ES, 2008.
Elos e Anelos. Vol I. Teresópolis, RJ: Guemanisse, 2008.
Nos Idos de 68: Edição rememorativa do quadragésimo aniversário do ano bissexto em que os jovens se tornaram sujeitos da História e quase mudaram a trajetória do mundo / Luiz Lyrio. – Belo Horizonte : Mazza Edições, 2008.
Coletânea Deslizes: poesias, contos e crônicas / coordenação: Rozelia Scheifler Rasia; organizadoras: Alba Pires Ferreira, Ilda Maria Costa Brasil, Rozelia Sheifler Rasia. – Passo Fundo, RS – Berthier, 2008.
Galeria Brasil 2009: Guia de Autores Contemporâneos/Celeiro de Escritores. São Paulo, SP: Editora Sucesso, 2009.
Nós da Poesia / Brenda Marques Pena, organizadora. – São Paulo: All Print Editora, 2009.
Entre a Morte e a Vida / Luiz Lyrio. – São Paulo: LivroPronto, 2009.
Alma Brasileira: poemas / organizadora: Sandra Luzia Stabile de Queiroz, Salvador, BA, 2010.
Olhar Andarilho: Poesias, Contos e Crônicas / Organizado por Rozelia Scheifler Rasia e Alba Pires Ferreira - Porto Alegre; Alternativa, 2010.
Abrace Revista Internacional - Ano V - Nº 11 -março de 2010. "
Fonte da biografia:
No blog do Autor-->http://luizlyr.blogspot.com
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LUIZ LYRIO_PRIMEIRO MEMORIAL
O amigo Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha"( eucaliptos.jequitibas@gmail.com), Embaixador da Paz,nos envia a nota de falecimento do escritor e poeta, educador Luiz Lyrio ,vejam abaixo, publicada por Bruno Grossi, que também o publicava na Revista Nota Independente.
Luiz Paulo Lyrio, pessoa de nossas relações afetivas e de trabalho , com quem realizei muitos projetos ,era essencialmente escritor e educador.
Escrevia praticamente todo o tempo livre.O primeiro livro mais conhecido, foi Nos Idos de 68, onde narra, com dramaticidade mas com o humor peculiar,sua prisão , quando ainda estudante. A primeira edição foi pela anomelivros , com prefácio de Rogério Salgado e a segunda, pela Mazza Editora, ampliada e modificada pelo autor para apropriar-se mais às escolas, pelo saudoso jornalista,e poeta Alécio Cunha.
Prefaciei e fui a revisora de “Marcas de Batom”(com capa de Allez Pessoa) e “Abdução”, ambos em edição do autor,feitos pelo Geraldo , na gráfica do mercado Novo-em ABDUÇÃO deixava entrever seu profundo desgosto com os rumos tomados pelo magistério.Ele era Professor de História, na Rede Pública de Belo Horizonte(estadual e municipal).Com ele, fiz leituras dramáticas desses três primeiros, no Restaurante Cozinha de Minas, ainda no prédio antigo,recebidos pelo Ramon, acompanhados pela interpretação e o violão do artista Rui Montese, em casa de quem ensaiávamos os textos transformados em esquetes.Gostava do convívio com jovens, tendo publicado um livro sobre grêmios estudantis, buscava fazer renascer o protagonismo e a liderança na adolescência, reeditou-o e seguiu , por tempos, de sala em sala, fazendo palestras.Mas também palestrava para idosos.Poeta ,cronista , contista ,do tipo “sentinela do status quo”, ultimamente andava preocupado com questões sobrenaturais, e escreveu “Entre a Vida e a Morte”.Mesmo agora em setembro, a Editora aBrace, do Movimento Cultural aBrace, da qual era representante em Aracaju-onde atualmente, residia com a querida irmã Maria Helena- lançará seu mais novo rebento literário, “A Guerra do Fim do Mundo”.E eu também revisara seu “Nos Tempos do Madalena”, escrito há mais tempo e cheio de humor, onde fala das esborneas estudantis- ainda inédito.
Trabalhamos juntos em Estalo, a revista, dirigido por ele, Rogério Salgado e Cláudio Márcio Lisboa, os últimos exemplares diagramados e com capa de Marco Llobus e os iniciais, da professora Ana da Cruz (leia-se Mural dos Escritores).Ilustrei , dele, contos e poemas e apresentamos
Teve dois poemas publicados e distribuídos pelo grupo de POETAS pela PAZ e pela POESIA , no evento PAZ e POESIA.
Também na qualidade de poeta ,está em faixa do CD OISE, declamando com veemência um libelo amoroso.
Para nossa antologia do Instituto Latino Americano-IMEL-lançado nas bienais do Rio(2009) e de Belo Horizonte(2010)-chamada Nós da Poesia, escreveu um significativo texto sobre a PAZ.
Participa de várias antologias , por premiação, seletiva ou edição cooperada.
Meu mais recente livro, Erotíssima, traz palavras que escreveu quando representou-me no encontro de 2009, do Movimento Cultural aBrace, quando recebeu por mim o troféu , leu minhas saudações e agradecimentos e depois veio trazer o belo troféu aqui, o que fotografamos e publicamos para enviar a Roberto Bianchi e Nina Reis, seus diretores.Em 2010, foi ao Uruguai, tendo ficado encantado com o congraçamento do aBrace- cujo lema é mesmo “Solidariedade entre criadores”, praticamente o mesmo que Luiz Lyrio tinha por pessoal, há tantos anos- onde conheceu outros escritores latinoamericanos e lançou livros.Ele também escrevia na revista internacional do abrace.
Em 2008, li que neila batista iria homenagear, na Câmara Municipal, os resistentes à Ditadura Militar, em especial os que fizeram parte da grande marcha contra a repressão–a foto da mesma, onde está o autor, faz a capa da edição de Nos Idos de 68, pela Editora Mazza.Então, entrei em contato com a organizadora da homenagem e lhe pedi que incluísse três grandes poetas ainda vivos:Neuza Ladeira, Marco Aurélio Lisboa e Luiz Lyrio.Imediatamente, ela aquiesceu e ele foi um dos que receberam o troféu e a homenagem coletiva.
No ano passado, fomos a Teófilo Otoni, para a posse na qualidade de Acadêmicos da ALTO(Academia de Letras).Ele estava cheio de planos literários , que colocava sem parar, na longa viagem de ônibus.Escreveu até ao final de seus dias, pois Marco Aurélio Lisboa, seu amigo da juventude foi visitá-lo no hospital na semana passada e encontrou-o a escrever no notebook.Até comentei ,por telefone,com autores chegados, que ele melhorara , pelo visto.Também ainda antes de morrer, lançou o número seis de Estalo, o tablóide,
Em Aracaju, onde vivia ultimamemte, com a irmã Maria Helena.Luiz escrevia como quem respira:continuamente.
Luiz Lyrio era ainda Embaixador da Paz, pelo Cercle de Les Ambassadeurs Univ.de La Paix, que agora perde um de seus mais entusiastas representantes.Quando indico embaixadores, busco quem “pratica o bom combate”.Ele era um deles.
O estilo de Luiz Lyrio, inconfundível, misturava ironia,humor, amor, trocadilhos ,crítica social,.
Continuarei aos poucos esse memorial, tantas coisas quero escrever a seu respeito, eu que dele recebi lindos poemas líricos, que mostravam seu lado eternamente adolescente.
Os pais devem estar a recebê-lo nessa outra dimensão , a maior das incógnitas em nossas i/ilmitações humanas :era o caçula e Maria Helena, a querida mana mais velha, contou-me que ao morrer, a genitora lhe pediu que cuidasse por ela de seu “Ouro em Pó”-era Luiz Paulo.
O velório será no Cemitério Parque da Colina (Rua Aimorés, 2954 - Sto Agostinho) a partir das 7hs, hoje, 09/08/2010 (segunda-feira).
Lembrem-se:um autor, um poeta, um pensador não morre, não encontro seus textos forem lidos e
Ditos.
A Luiz Lyrio, a eternidade.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes, também em nome das entidades às quais pertenço, a muitas das quais também ele também era afiliado, mídia e amigos (abaixo).
Embaixadora Universal da Paz
Diretora de Comunicação e Projetos Especiais da Universidade Planetária do Futuro,Vice Diretora do IMEL,Diretora Regional do inBrasci em Belo Horizonte, MG,Representante do Movimento Cultural aBrace,VicePresidente do IMEL;
Acadêmica da AFEMIL(Cadeira 05, Cecília Meirelles),da ALB /Mariana(Cad.11, Laís Correa de Araújo);
Acadêmica Correspondente da ADL, ALI, AIL, ACL, ANELCARTES, ALTO,;
Membro da APPERJ, da ONE, do virARTE, da CAPORI.
Talvez falte alguma , complementarei na sequência deste MEMORIAL.
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